sábado, 19 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Por que registrar a agenda na lousa todos os dias?
Faz toda a diferença colocar a agenda no início da aula, em colaboração com os alunos. Ao fazer isso, o professor:
- Convida o aluno a compartilhar o plano de seu próprio dia de trabalho;
- Explicita à sala a continuidade do trabalho ao longo dos dias, favorecendo o vínculo do aluno com sua turma, com quem compartilha objetivos, e a conseqüente assiduidade na escola;
- Ajuda a atribuir sentido para a sua experiência em um dia de trabalho na escola;
- Responsabiliza os alunos, individualmente, com relação à sua própria aprendizagem e com o grupo.
Esse modo de operar com a agenda em sala de aula coloca o aluno como sujeito, posição muito diferente da de copista de uma lista de tarefas que lhe foram impostas e que, muitas vezes, não tem muito sentido para os alunos.
Com a agenda, o aluno se torna um participante ativo da aula, pois pode controlar seu próprio tempo e pode compartilhar das atividades que, por hora, podem ser replanejadas para o dia seguinte. Isto é um contexto.
Isto é um contexto social!
Também é importante considerar a necessidade ou não de registro desta agenda pelo aluno em seu caderno, pois, se o aluno ainda não está alfabético, qual é o sentido de solicitar a cópia da agenda? Quanto tempo este aluno levaria para realizar esta cópia? Teria significado para ele? Em que ajudaria no avanço de sua hipótese de escrita?
terça-feira, 8 de junho de 2010
Letra Cursiva ou Letra de Forma?
No Programa Letra e Vida, no módulo 1 da Coletânea de Textos, unidade 3, texto 10, temos a seguinte orientação:
"Nesse período em que os alunos ainda não se alfabetizaram e estão ocupados em descobrir quantas e quais letras são usadas para escrever (ou seja, ocupados com uma análise de aspectos quantitativos e/ou qualitativos da escrita), o uso da letra de fôrma maiúscula é o mais recomendado, pois suas características permitem que eles analisem as letras separadamente, distinguindo-as umas das outras com facilidade — além de serem também mais simples de grafar. A letra manuscrita, por ser contínua, não ajuda os alunos a identificar quantas e quais letras estão escritas, pois nem sempre é observável onde uma acaba e a outra começa. Depois que eles se alfabetizam, aí sim, é o momento de ensiná-los a escrever a letra manuscrita e de exercitá-la para que escrevam rapidamente e de forma legível."
Além disso, é importante pensarmos no uso social de cada um destes tipos de letra. A letra de forma, por exemplo, é de uso mais comum, na imprensa, legendas de filmes, livros, placas de ônibus, cartazes enfim, em grande parte dos portadores de escritas. Já a letra cursiva, é utilizada de maneira mais informal na escrita de receitas, cartas e bilhetes, quando copiamos alguma frase ou música que gostamos, em dedicatórias de livros, cartões e, claro, quando realizamos algum tipo de anotação, por ser de escrita mais rápida.
Em que momento seus alunos estão?
Vale a pena colocá-los para escrever com que tipo de letra?
Que objetivos você, professor, terá ao determinar o tipo de letra que seu aluno usará para escrever?
Bem, então, se meus alunos ainda não estão alfabéticos, significa que tenho que oferecer-lhes apenas textos com letra de forma em caixa alta para a leitura?
De maneira alguma! Se estamos pensando em uma alfabetização num contexto social, não podemos excluir as crianças do contato com todos os tipos de portadores de textos e seus mais variados tipos de letras, para que vão compreendendo justamente as diversas maneiras de se escrever.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Literatura de Cordel em foco
Chegada ao Brasil
Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa.